sexta-feira, 11 de junho de 2010

Repulsa: música sertaneja

Quando quero me punir, não tem castigo melhor: ouço música sertaneja.
A reação física que ocorre no meu corpo é impressionante: meu coração acelera, minhas mãos ficam úmidas, tenho dificuldades para respirar.
Imagino que essa seja uma sensação de pânico.

Dúvidas? Sim, ODEIO MÚSICA SERTANEJA.

Já tentou contar quantas notas e arranjos musicais tem uma dessas... dessas... aberrações? Apenas a quantidade mínima necessária.
E o vocabulário? Típico de uma criança de quatro anos. Gramática? Não existe. Colocar a letra de uma dessas músicas no corretor de textos é pedir para travar o computador.

Mas, piora.

Já reparou que quem gosta dessas músicas não está nem aí para quem não gosta?
No trabalho, tem sempre alguém ouvindo... sem usar fones. Numa festa, nem se fale. E aí de você se pedir para não tocar essas músicas. Olhares feios à volta.

Fico me perguntando se eu colocasse alto e em bom som minhas músicas preferidas (Black Sabbath, Iron Maiden, Guns... e clássicas), qual seria a reação. Aposto que diriam que seria falta de respeito.

Mas ninguém me respeita!!!

Tem um gajo que trabalha na mesma empresa que eu. No almoço, ele colocava as músicas do celular para tocar, tipo música ambiente. Adivinhem: música sertaneja. Depois de ficar dias dando indiretas, sem educada, num belo dia, apelei. Agora, ele mudou de horário. Menos mal.

Eu tenho feito uma pequena pesquisa, sem qualquer pretensão científica: o número de fãs de música sertaneja é inversamente proporcional ao número de fãs de literatura.

Pode parecer absurdo, mas quando aparece uma pretensa amiga, eu disfarço e faço uma perguntinha básica: de qual tipo de música você gosta? Se a resposta incluir o não-gostar de sertanejas, continuo o papo. Do contrário: Drogas? Tô fora!

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